segunda-feira, 31 de maio de 2010

Militares Evangélicos realizam culto


Aconteceu no dia 30 de maio às 19h na Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Anitápolis o Culto de Louvor e Adoração com os militares evangélicos de Joinville.

Esteve pregando a palavra de Deus o sargento PM Vicente de Navegantes/SC e nos louvores diversos participantes.

Esteve presente o coronel PM Emilson Carlos de Souza, presidente da União de Militares Evangélicos de Santa Catarina (UMESC), entre outros convidados.

Segundo o soldado Valmir Molivoni, "ao final da pregação e o convite para aceitar a Jesus Cristo ou reconciliar-se com Deus, uma alma voltou aos pés do Senhor", salientou.

Um próximo culto com os militares evangélicos estará acontecendo, será no dia 20 de junho às 19h na Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Ulisses Guimarães.

Se você deseja que os Militares Evangélicos estejam participando na sua igreja, entre em contato com o cabo PM Bento, no telefone (47) 9994-6450 ou com soldado PM Valmir Molivoni (47) 8432-3363.

Para conhecer a UMESC, visite o site oficial http://www.umesc.com.br/.

Para ver as fotos do evento, clique aqui.

Fonte: DepCom News / Folha Nova / Folha AD Joinville
Foto: Soldado PM Valmir Molivoni

quinta-feira, 20 de maio de 2010

170 mil conversões a Cristo por dia e 175 mil mártires cristãos por ano

Foto: Ação Cristã - Voz dos Mártires

Quase todos os anos, são divulgadas pesquisas atualizadas sobre as religiões do mundo, trazendo dados estatísticos curiosos. Porém, dentre as pesquisas divulgadas nos últimos anos, a que chama mais a atenção é a do International Bulletin of Missionary Research (IBMR). A instituição norte-americana, que mantém uma revista mensal apenas para assinantes e colaboradores, divulgou recentemente que, dos 6,7 bilhões de pessoas no mundo em 2008, 2,2 bilhões são cristãos (aqui, como na maioria das pesquisas, somam católicos romanos com ortodoxos e protestantes de várias matizes), 1,4 bilhão são muçulmanos, 888 milhões são hindus, 391 milhões são budistas e 15 milhões são judeus. De acordo com esse censo, há 1,13 bilhão de católicos romanos, 806 milhões de protestantes de várias matizes e 253 milhões de ortodoxos.

Informações ainda mais interessantes surgem quando o IBMR apresenta os dados detalhados do Cristianismo no mundo. Trata-se de uma fotografia quase perfeita de como anda a fé cristã em nosso planeta.

Número de convertidos e desviados por dia
Um dos dados interessantes do International Bulletin of Missionary Research diz respeito ao número total de convertidos e desviados todos os dias no mundo em relação a todos os segmentos denominados cristãos.

De acordo com o IBMR, cerca de 170 mil pessoas se convertem todo dia ao Cristianismo no mundo, mas, em contrapartida, todos os dias 91 mil cristãos se desviam, o que significa que há um acréscimo real diário de 79 mil novos cristãos em todo o mundo.

Ou seja, 53% dos que se convertem ao Cristianismo todos os dias no mundo se desviam. Apenas 47% permanecem. Claro que há razões, peculiaridades e contextos variados dentro desse número de desviados por dia, mas esse dado não deixa de enfatizar a necessidade de as igrejas investirem mais em discipulado.

Cabe a cada um de nós, que formamos a Igreja, o Corpo de Cristo, fazer a nossa parte com afinco. “Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa”, João 4.35.

Frequência aos cultos e número de mártires cristãos
Mais duas informações interessantes da pesquisa do IBMR dizem respeito à frequência à igreja dos cristãos e ao número de mártires do Cristianismo no mundo atualmente.

Segundo o levantamento do IBMR, dos 2,2 bilhões de cristãos no mundo, apenas 1,5 bilhão são cristãos que vão regularmente à igreja. Isto é, 700 milhões não vão à igreja ou quase não vão, o que significa que 33% dos cristãos do planeta são nominais.

Ainda segundo a IBMR, há 39 mil denominações cristãs hoje no mundo, com 3,7 milhões de congregações.

Quanto aos mártires, a IBMR afirma que o número de mártires cristãos chega a 175 mil por ano. Isso significa que em nenhuma outra época da História da Humanidade morreram mais cristãos por causa da sua fé do que agora. Nem na época da perseguição à Igreja Primitiva por parte do Império Romano havia tantas mortes de cristãos assim como vemos hoje. São 480 novos mártires por dia em todo o planeta. Homens, mulheres e jovens que pagam com a vida pelo “crime” de seguirem a Cristo.

Fonte: CPAD News
Foto: Ação Cristã - Voz dos Mártires

O crescimento cristão na História


Sobre os dados do crescimento do número de cristãos durante a História, é preciso destacar inicialmente que, em alguns anos mais remotos, os dados são aproximados, mas mesmo assim são, muito provavelmente, bem próximos da realidade.

No final do primeiro século da Era Cristã, havia meio milhão de cristãos no mundo. No final do segundo século, esse número já subira já era 2 milhões. No terceiro século, 5 milhões; e no quarto século, quando o Cristianismo se tornou religião oficial do Império Romano, o número de cristãos já alcançara a impressionante marca de 10 milhões, apesar do assassinato de dezenas de milhares de cristãos nos primeiros séculos da história da Igreja.

No quinto século, estima-se que havia 15 milhões de cristãos no mundo. No sexto e no sétimo séculos, eram respectivamente 20 milhões e 24 milhões. No oitavo século, eram aproximadamente 30 milhões. Nos séculos seguintes, houve um “boom” no crescimento do Cristianismo. No nono século, 40 milhões de cristãos e no décimo, 50 milhões.

No ano 1000, a população mundial era de cerca de 250 milhões, dos quais 50 milhões (20%) de cristãos, concentrados na Europa. No décimo primeiro século, os cristãos eram 70 milhões. No décimo segundo, 80 milhões. No décimo terceiro, caiu para 75 milhões. No décimo quarto século, voltou a 80 milhões. No décimo quinto século, quando a população mundial já era de 400 milhões, havia aproximadamente 100 milhões de cristãos no mundo; ou seja, 25% da população mundial era de cristãos.

A partir do ano 1500, manifesta-se uma aceleração no crescimento da população mundial, provocada pelos progressos da higiene e da Medicina. Em 1600, havia 580 milhões de pessoas no mundo, dos quais 125 milhões de cristãos. Em 1700, 770 milhões, dos quais 155 milhões de cristãos. Em 1800, havia 900 milhões de pessoas no planeta, dentre elas 200 milhões de cristãos. O primeiro bilhão no crescimento populacional no mundo é superado por volta de 1820 e o segundo, meio século mais tarde, aproximadamente em 1925. Em 1900, havia 400 milhões de cristãos no mundo.

A partir de 1950, houve uma verdadeira explosão no crescimento populacional mundial. O terceiro bilhão é atingido depois de 35 anos, em 1960; o quarto, 15 anos mais tarde, em 1975; e o quinto, após 12 anos, em 1987.

Em 2009, éramos aproximadamente 6,7 bilhões de pessoas no mundo, dentre as quais 2,2 bilhões de cristãos, 1,4 bilhão de muçulmanos, 888 milhões de hindus, 391 milhões de budistas e 15 milhões de judeus. E destes 2,2 bilhões de cristãos, há 1,13 bilhão de católicos romanos, 806 milhões de protestantes de várias matizes e 253 milhões de ortodoxos.

Fonte: CPAD News
Foto: CPAD News

Estudantes falam sobre a experiência de sofrer por Cristo


Os missionários em treinamento pela Gospel for Asia falaram sobre o privilégio que sentiram ao sofrer por Cristo após serem atacados em sua Faculdade Bíblica em Mumbai, Índia, no início do mês.

Sete estudantes ficaram gravemente feridos quando um grupo invadiu o campus da faculdade durante a noite em Mumbai. Os alunos estavam preparando sua refeição quando os agressores, armados com paus e barras de ferro, entraram no campus e começaram a bater neles. Os cristãos tentaram conversar com seus agressores e perguntar qual era a queixa contra eles, mas não obtiveram resposta. Hemanti Kashyap ficou ferido quando os agressores o atingiram no estômago com uma barra de ferro.

Ele afirma que o incidente deu a oportunidade de colocar em prática todas as lições que ele aprendeu na faculdade. “Através dessa situação, aprendi o que a Bíblia quer dizer quando afirma: ‘Bem-aventurados os que sofrem por Cristo’. Essa oposição foi o teste para que minha fé siga em frente, e para que eu compartilhe o Evangelho. Eles atingiram meu estômago com uma barra de ferro, e me feriram, mas sou grato ao Senhor Jesus, que me guardou, para ser uma testemunha dEle”.

Sunil Pattanayap relembra o momento do ataque. “Por um instante fiquei chocado, querendo saber por que aquilo estava acontecendo comigo. Então, eu compreendi que havia chegado o momento de glorificar o nome do Senhor. Foi um privilégio sofrer por Cristo, e estou feliz porque posso testificar que Deus me protegeu e me livrou da morte, para que eu pudesse proclamar sua Palavra e permanecer firme como testemunha viva, com uma grande fé”.

Três dos estudantes feridos ainda estão se recuperando no hospital. Beedram Sena teve que ser submetido a uma cirurgia devido à fratura em sua perna. Sudershan Yadavan precisou ser operado para tratar sua rótula quebrada. Sunil Reedy precisou de tratamento dentário para substituir os dentes arrancados pelos agressores.

Brijeshware Nayan, que teve ferimentos em suas costas, mas não precisou ficar hospitalizado, afirmou que o ataque o ajudou a ver o valor espiritual do sofrimento. “Eu vim para cá para servir ao Senhor. Se eu ficar com medo dessa oposição, como poderemos aprender a crescer em fé? Esse tipo de perseguição só prova que as pessoas precisam conhecer o amor de Cristo. É a única forma de eles encontrarem razão em suas vidas e um propósito para transformar o ódio em amor”.

Fonte: Christian Post e Missão Portas Abertas
Foto: shakuntalamholidays.com

terça-feira, 18 de maio de 2010

Inaugurado viaduto Daniel Berg


Pastor José Wellington Bezerra da Costa esteve presente à homenagem feita pelo governo do Pará.

O missionário Daniel Berg, pioneiro das Assembleias de Deus no Brasil, foi homenageado pelo governo do Pará durante a inauguração do Complexo Viário Júlio Cezar Ribeiro de Souza e do elevado que leva o nome do pioneiro da Assembleia de Deus na cidade de Belém e no Brasil.

O presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, e esposa, Wanda Freire da Costa, foram os convidados de honra da governadora Ana Júlia Carepa, além do pastor Gilberto Marques, presidente da Convenção de Ministros das Assembleias de Deus no Estado do Pará (Comieadepa). “Daniel Berg é um patrimônio da nossa Assembleia de Deus.Todo assembleiano deve estar grato a Deus porque a obra pentecostal está sendo exaltada com tão nobre gesto da governadora”, afirmou o líder.

O chefe da Casa Civil paraense, Claudio Poty, enfatiza que essa homenagem é à pessoa do pioneiro e à instituição que ele ajudou a fundar. “Esse elevado é o início das celebrações do Centenário das Assembleias de Deus na cidade”, disse.

Milhares de membros da maior denominação pentecostal brasileira que vivem na cidade de Belém prestigiaram a festa, inclusive os pastores Samuel Câmara e Firmino da Anunciação Gouveia, respectivamente presidente e ex-presidente da Assembleia de Deus em Belém. “Ter o nome de Daniel Berg registrado em um monumento é um milagre”, afirmou pastor Firmino.

Pela manhã, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, inaugurou simbolicamente a obra em meio a uma festa aberta ao público, no Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira (Aeroclube). O tráfego de veículos, no entanto, só foi liberado no final da tarde por causa da festa, que levou uma multidão à área. “É mais do que justa essa homenagem. É o nosso reconhecimento ao valor social da Assembleia de Deus, que, para nossa alegria, começou pelo Pará”, disse a governadora em coletiva à imprensa.

Para o presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, essa é uma justa homenagem a um homem que ofertou sua vida em favor da salvação de milhões de brasileiros que formam hoje as Assembleias de Deus. “Em nome da Convenção Geral, agradeço a Deus, à governadora e ao pastor Gilberto Marques, presidente da Convenção de pastores da AD no Pará, pelo profícuo trabalho que vêm realizando e pelo fato de sempre honrarem o nome de Jesus”, afirmou pastor Wellington. A construção do complexo viário e do elevado levou 12 meses para ser concluída.

Fonte: CPAD News
Fotos: Agência Pará

Filho de um dos fundadores do Hamas se converte ao Cristianismo


Tenho um amor incondicional por Jesus Cristo. Ele é o meu herói!

O palestino Mosab Hassan Yousef, filho do xeque (muçulmano respeitável) Hassan Yousef, co-fundador do Hamas na Cisjordânia, se converteu ao Cristianismo em 2007 e atualmente mora nos Estados Unidos. Desde então, se dedicou a escrever o livro Son of Hamas (Filho do Hamas), que já está disponível no Brasil. Na obra, Mosab revela como colaborou para o serviço secreto israelense, o Shin Bet, e explica por que se converteu a Cristo.

O Hamas foi fundado em 1987 pelo pai de Mosab, Hassan Yousef, e seis palestinos. O grupo extremista islâmico atua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e já comandaram 350 atentados contra israelenses, provocando centenas de mortes.

Confira a entrevista publicada no Veja online:
Seu pai pregava o Islamismo nas mesquitas e ajudou a fundar o Hamas. O que o levou a converter-se ao Cristianismo? Depois de ser preso pelos soldados israelenses por porte de armas, em 1996, fui levado à prisão em Megiddo, Israel. Dentro do prédio, os detentos eram divididos segundo a filiação. Havia a ala do Hamas, que era a maior, a do Fatah, a da Jihad Islâmica e outras. Eu fiquei na do Hamas. Do interior das celas, testemunhei o que os integrantes do grupo faziam com seus próprios colegas. Quando os líderes do Hamas suspeitavam que um dos nossos estivesse dando informações aos israelenses, eles o torturavam. Havia interrogatórios diários. Isso fez com que eu repensasse alguns conceitos. Era um grau de brutalidade que nem mesmo os israelenses tinham conosco. Saí da prisão um pouco desnorteado. Mais tarde, comecei a estudar a Bíblia com amigos. O livro falava em “amar os seus inimigos”, o que fez todo sentido para mim.

Agora que você se converteu ao Cristianismo, como enxerga as diferenças entre o Corão e a Bíblia? Não é justo comparar os dois livros. O Corão está cheio de ódio, de ignorância, de erros. Não tem ética. É um livro doente que deveria ser banido das escolas, das bibliotecas, das mesquitas. A Bíblia, por outro lado, tem Jesus Cristo, que foi perseguido, torturado, e mesmo assim continuou amando as pessoas e seus opressores. Os dois livros têm deuses completamente diferentes. Um, o do Islã, é o do ódio. O Deus da Bíblia é o do amor. Muitas coisas que fiz durante o meu trabalho com o Shin Bet foram inspiradas pelos ensinamentos de Jesus Cristo. Tenho um amor incondicional por Ele. Cristo é o meu herói.

Mas a Bíblia também foi usada para justificar torturas e mortes durante a Inquisição, por exemplo. Ok... Mas essas coisas foram feitas por pessoas que não entenderam a principal mensagem da Bíblia. Não compreenderam as falas de Jesus Cristo, que é o nosso maior exemplo. O amor incondicional de Jesus não é um capítulo separado do livro, mas sua principal mensagem.

Você não teme promover o ódio entre religiões e se tornar um fundamentalista cristão? Eu sei quais são as minhas responsabilidades. Não quero promover uma rixa entre religiões. Eu amo os muçulmanos. Falo com eles com carinho. Mas preciso ajudar a consertar a religião deles. Ser forte e dizer a verdade, mesmo que isso possa causar confrontações. No mais, não há o risco de eu incitar uma guerra religiosa porque isso já acontece no Oriente Médio. Não seria algo novo.

Quem eram os torturadores na prisão? Como eles procediam? Eram os homens que integram o braço de segurança do Hamas. Quando iam punir alguém, esvaziavam uma cela e ligavam a televisão em volume bem alto para que os outros não ouvissem os gritos de desespero. Na falta de uma televisão ou rádio, começavam a rezar bem alto. Então, colocavam agulhas embaixo das unhas dos suspeitos. Derretiam embalagens plásticas e as colocavam sob a pele das pessoas. Queimavam cabelos e pelos. Eram sessões de aproximadamente meia hora. Às vezes, impediam o interrogado de dormir por vários dias. Entre 1993 e 1996, dezesseis pessoas foram mortas pelo Hamas em prisões israelenses. Sob tortura, as vítimas confessavam as coisas mais absurdas. Como eu digitava rápido, fui chamado para redigir muitos desses depoimentos. Era loucura. Depois, entregavam as confissões para os familiares. Caso o detento fosse solto, seus parentes e amigos passavam a evitá-lo. A vida social dele acabava.

O Hamas continua usando as mesmas práticas? Provavelmente, mas não na mesma intensidade como no passado. Meu pai esteve detido em Megiddo e coibiu muito as torturas. Ele mudou o jeito de pensar daqueles homens. Mas o Hamas continua praticando-as. Quando pensam que alguém colabora com Israel, torturam e matam. É isso o que está acontecendo na Faixa de Gaza agora. Ao contrário do que diz o Hamas, Israel não é o principal inimigo dos palestinos, e sim os próprios palestinos.

Quando foi a última vez que você falou com seu pai? O que ele disse para você? Conversei com ele por telefone alguns dias antes do lançamento do meu livro. Ele foi muito compreensivo no início. Porém, após a pressão da sociedade e de outros religiosos, ele não teve outra opção a não ser me recusar. Desde então, não fala comigo.

Seu pai convocou manifestações de palestinos, as quais resultaram em mortes de israelenses e árabes. Ele é um terrorista? Meu pai não é terrorista por natureza. Aliás, nenhum palestino é. Mas eles têm as suas razões para se comportar assim, para tentarem se vingar. Também é preciso levar em conta que o Hamas também é muito complicado. Existe o braço político, do qual meu pai faz parte. E existe o militar, que tem umas dez pessoas operando independentemente e que raramente se encontram. São esses últimos os responsáveis pelos ataques contra pessoas. Meu pai não sabia o que essas pessoas planejavam, mas deu cobertura a eles. Se ele continuar fazendo isso, aí acho que ele poderia, sim, ser considerado um terrorista.

Um dos principais desafios do mundo hoje é conseguir que o Hamas participe das negociações de paz. Existe a possibilidade de o grupo sentar-se com os rivais do Fatah e com o governo de Israel para conversar? Os líderes do Hamas até podem dizer que buscam uma solução e dizer que abrem mão de Jerusalém como capital. Mas eles não manterão a palavra simplesmente porque o deus deles não permite isso. É um bloqueio religioso. O Hamas não reconhece Israel. Ponto. O Corão diz que os israelenses são macacos e porcos. Toda vez que algum representante do grupo obtém algum progresso, esbarram no muro da ideologia ou no da religião.

O governo israelense deveria soltar prisioneiros palestinos em troca da liberdade do soldado Gilad Shalit, capturado pelo Hamas em 2006? Entendo que todos esses presos necessitem de liberdade. Eu fui um deles e sei o quanto sofrem. Mas é preciso preparar o ambiente para que eles sejam soltos. Sem isso, eles poderiam ser mortos nas ruas por facções rivais ou tornarem-se terroristas novamente. Alguns detentos não são perigosos e poderiam se tornar até defensores da paz. Outros são extremamente cruéis. Foram responsáveis pela morte de dezenas de israelenses e consideram-se heróis. Se voltassem a praticar o que faziam, eles comprometeriam as negociações de paz e o sonho de um estado palestino. Olhando o cenário hoje, vejo que não chegou o momento de abrir as celas. Talvez tenham de ficar a vida toda na prisão. Não me sinto culpado por esse sentimento. Sinto pelas suas famílias, que são vítimas da situação, mas não há opção.

Israel viola os direitos humanos ao manter pessoas que não são comprovadamente terroristas nas prisões? Diga para mim qual é o governo que não viola os direitos humanos. Não há estado perfeito. Todo governo comete erros. Israel é um deles. A questão é que muitos israelenses foram mortos em sinagogas, em ônibus e em supermercados e seus dirigentes tiveram de tomar medidas para defender seus cidadãos. O mais importante é abster-se de usar métodos violentos, pois isso só gera mais violência. Quando trabalhei com o Shin Bet, não assassinei ninguém e não participei de nenhuma operação contra a vida de um ser humano. Hoje, mesmo longe, dou a mesma recomendação para eles.

Quantas vidas você calcula que salvou ao ajudar o Shin Bet? Como você fazia isso? Não importa se eu salvei uma ou mil pessoas. Eu não tenho esperança de receber retribuições de ninguém. Uma vez, em 2002, eu estava em casa, em Ramallah, quando dois homens assustados bateram na minha porta e falaram: “Temos um carro lá fora cheio de explosivos. Precisamos de um lugar seguro para ficar”. Eles procuravam o meu pai e havia outros três no carro, estacionado ali perto. Dei um dinheiro a eles encontrarem um hotel e pedi que retornassem à noite. Rapidamente, telefonei para o Shin Bet e pedi que levassem o automóvel embora. Foi um alívio enorme. Meia hora depois, o primeiro-ministro Ariel Sharon já tinha ordenado o assassinato daqueles cinco homens. Eu, então, fui contra. Não queria me envolver com coisas assim, mesmo sendo eles terroristas. E os israelenses aceitaram minha objeção. O exército então entrou no quarto dos terroristas durante a noite e os prendeu de surpresa, pois ainda possuíam os cintos com explosivos.

Mas você deu informações que levaram à tentativa de assassinato de Muhaned Abu Halawa, de 23 anos, ligado ao Fatah. Após um telefonema seu, um tanque israelense disparou um míssil contra o carro dele. Halawa escapou, mas foi morto meses depois. Você se arrepende disso? Halawa fornecia armas poderosas para os terroristas. Eu apenas ajudei a localizá-lo. Mas a tentativa falhou, e fiquei contente quando isso aconteceu. Na realidade, eu não estava muito certo sobre o que deveria fazer naquela ocasião. Ao final, Halawa foi morto em outra operação, da qual não tomei parte. Então, posso dizer que, durante toda minha colaboração com o Shin Bet, sempre me preocupei em apenas participar de operações que não atentassem contra a vida humana. Não sou responsável pela morte de nenhum palestino ou israelense.

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad declarou que suas centrífugas já são capazes de enriquecer urânio a 20%. Se chegar a 90%, esse material já poderia rechear uma bomba atômica. O que o Irã faria com um artefato nuclear? O deus do Corão não hesitaria em bombardear qualquer país que não acreditasse nele. Pode usar qualquer arma para lutar contra infiéis. Seus devotos estão prontos para lutar pela religião e alcançar a glória, com a bomba ou o que mais tiverem à mão.

De que maneira o Irã ajuda o Hamas? O Irã treina soldados do Hamas e os prepara para o combate em seu território. Muitos viajaram para lá em anos recentes. E o Irã também dá apoio financeiro e logístico. Como os membros do Hamas não podem ter contas bancárias, pois isso é contra as decisões da comunidade internacional, seus membros fazem contrabando de dinheiro. Essa operação complicada ocorre de duas maneiras. A primeira é usando as centenas de túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito. A segunda é pela fronteira terrestre nesse mesmo local, aproveitando as viagens de membros do grupo para o exterior. Em 2006, o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniya, foi pego quando tentava entrar na Faixa de Gaza com 35 milhões de dólares. Ele vinha do Irã e disse que o valor era para pagar salários, remédios e armamentos. É comum que esses homens do Hamas sejam detidos com dinheiro. Em 2009, o ministro de relações exteriores do Hamas, Mahmoud Zahar, foi flagrado com 20 milhões de dólares na mesma situação. Segundo o Fatah, parte das notas tinha como destino o braço militar do Hamas.

Sem esse apoio do Irã, o Hamas ficaria enfraquecido? O Irã é um dos grandes patrocinadores dos terroristas, mas não o único. Há muitos doadores no Catar, na Arábia Saudita, na Síria e no Egito. São, em geral, pessoas e empresas que entregam parte de suas economias em mesquitas, com o objetivo claro de fomentar a resistência do Hamas. Bloquear a ajuda iraniana pode ajudar, mas não necessariamente enfraquecerá o Hamas.

Como o presidente da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat assinou com o primeiro primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, o Acordo de Paz de Oslo, o que lhe valeu o prêmio Nobel da Paz em 1994. Qual sua opinião sobre ele? Arafat era um político e, como tal, fez coisas boas e ruins para o seu povo. Era um centralizador que colocou o seu nome em todas as contas bancárias. Também tinha um posicionamento dúbio. Arafat estava no comando da Organização da Libertação da Palestina, quando essa entidade ordenou a Segunda Intifada, em 2000. A revolta de palestinos contra israelenses gerou milhares de mortos. A guarda pessoal de Arafat promoveu os mais virulentos ataques a Israel, sob o nome de Brigadas dos Mártires de Al Aqsa. O grupo foi criado por Arafat com o dinheiro que recebia de doações de outros países, incluindo dos Estados Unidos. Mesmo assim, para muita gente no mundo, Arafat sempre foi um grande promotor da paz.

Fonte:Veja.com
Foto: Veja.com

domingo, 16 de maio de 2010

Presidente do Irã fala em reforma da ordem mundial, em reunião com Lula


Presidente Lula tenta negociar acordo sobre programa nuclear iraniano. Segundo nota oficial, questões nucleares não foram tratadas no encontro.

Na primeira reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, neste domingo (16), os chefes de Estado enfatizaram as relações bilaterais entre as duas nações. Apesar de a nota oficial divulgada pelo governo iraniano não mencionar questões nucleares, o texto informa que Ahmadinejad reforçou “suas posições para reformar a ordem mundial”.

“A realidade é que alguns países que controlam os centros políticos, econômicos e midiáticos do mundo não querem que os outros países progridam", declarou o presidente iraniano.

O presidente Lula chegou ao Irã na noite deste sábado (15) para fazer a mediação sobre o programa nuclear iraniano, apresentada pelas grandes potências como "a última chance" antes da nova rodada de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país.

Ahmadinejad agradeceu o apoio brasileiro e reafirmou ainda as vantagens das relações entre os dois países. "Juntos podemos mudar essas condições e proporcionar as transformações necessárias. Esta visita marca o início de uma cooperação entre duas grandes nações", acrescentou.

Segundo a mesma nota, Lula declarou que o "Brasil considera suas relações com o Irã estratégicas, já que os dois países podem atuar assim com mais força".

Estados Unidos
O presidente brasileiro também se reuniu com o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. De acordo com a televisão estatal, Khamenei denunciou os Estados Unidos pelo "barulho" feito a respeito da visita do presidente brasileiro ao Irã.

"As potências dominantes, em particular os Estados Unidos, estão descontentes com o desenvolvimento das relações entre os países indepententes e influentes", disse.

Lula chegou ao Irã na noite de sábado (15) para uma visita de dois dias e foi recebido no aeroporto de Teerã pelo chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki. O presidente participou de uma cerimônia ao ser recebido por Ahmadinejad.

As possibilidades de êxito na mediação brasileira foram consideradas pequenas por Estados Unidos e Rússia, enquanto o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, renunciou no sábado à viagem a Teerã alegando falta de compromisso por parte do Irã na busca de uma solução. Já o presidente Lula disse na semana passada haver 99% de chances de fechar um acordo com os iranianos.

Mais cedo no sábado, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, também disse acreditar na possibilidade de as negociações resultarem num acordo para a troca de combustível nuclear. "Sobre as negociações, acredito que as condições tendem para levar a um acordo sério sobre a troca", afirmou o porta-voz.

Nesta sexta-feira (14), Hillary Clinton reafirmou o ceticismo dos Estados Unidos quanto às chances de sucesso no diálogo com o o Irã. Perguntado sobre a declaração de Hillary, durante uma entrevista coletiva em Doha, o presidente brasileiro respondeu sem citar o nome da secretária de Estado americana.

"Eu não sei com base no que as pessoas falam [isso]", disse Lula. "Não é porque o meu time não ganhou o jogo de ontem que ele não pode ganhar o jogo de amanhã", afirmou o presidente em entrevista concedida após o encontro com o emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani, neste sabádo.

Troca
As grandes potências propuseram ao Irã que enviasse 70% de seu urânio levemente enriquecido para transformá-lo em combustível altamente enriquecido que o país precisa para seu reator de pesquisas.

Invocando um problema de "confiança", o Irã rejeitou a proposta e disse que prefere uma troca simultânea ou por etapas em pequenas quantidades, feita em seu território, o que foi rejeitado pelas grandes potências.

Fonte: Do G1, com agências internacionais
Foto: info.planalto.gov.br

Aeroportos britânicos voltam a fechar devido a nuvem de cinzas


Espaço aéreo em partes do país fecharão neste domingo. Aeroportos de Londres permanecem aberto.

Os aeroportos em diversas partes da Grã-Bretanha fecharão neste domingo devido às nuvens de cinzas vulcânicas que ainda pairam sobre a Europa.

A agência de aviação civil britânica Nats anunciou que o espaço aéreo ficará fechado em partes do país entre as 13h e 19h no horário local (9h e 15h no horário de Brasília).

Na Inglaterra, os aeroportos fecharão nas regiões de Manchester, Liverpool, Doncaster, Humberside, Carlisle e East Midlands. Nenhum dos aeroportos de Londres foi afetado pela medida, e os voos continuarão operando normalmente na capital britânica.

Todos os aeroportos da Irlanda do Norte fecharão, assim como os terminais em Isle of Man, Prestwick e nas ilhas escocesas.

Na Irlanda, o aeroporto de Dublin permanecerá aberto. Mas em outras partes do país, alguns voos não puderam partir.

Previsão
A agência de aviação civil recomenda que os passageiros consultem suas companhias aéreas antes de sair de casa.

A Nats usa dados do departamento de meteorologia do governo para decidir onde o espaço aéreo deve ser fechado. As previsões mais recentes indicam que a nuvem de cinza vulcânica poderia se espalhar ainda mais pela Grã-Bretanha na segunda e na terça-feira.

"Infelizmente, de novo, a mistura de atividade vulcânica e sistemas climáticos conspiraram para trazer a nuvem de cinzas vulcânicas em direção à Grã-Bretanha", disse Jonathan Astill, da agência de aviação do país.

A nuvem deve chegar a Londres na terça-feira, mas acredita-se que ela não estará mais sobre o espaço aéreo britânico no dia seguinte.

No mês passado, as cinzas expelidas por um vulcão na geleira de Eyjafjallajokull, na Islândia, provocaram o fechamento do espaço aéreo em diversos países da Europa.

Milhares de voos foram adiados e cancelados, gerando um caos aéreo no continente e prejuízos para as companhias aéreas.

Fonte: BBC
Foto: vidanaislandia.com

Menino sobrevivente de acidente aéreo na Líbia chega à Holanda


Mais de 100 pessoas morreram no acidente

O menino holandês Ruben van Assouw, de nove anos, único sobrevivente do acidente aéreo ocorrido na Líbia na quarta-feira (12), chegou na Holanda neste sábado (15). Os pais do garoto e seu irmão mais velho estavam no Airbus A330 que saiu de Johanesburgo, África do Sul, e caiu pouco antes de aterrissar em Trípoli, Líbia. Mais de 100 pessoas morreram no acidente.

O menino, que sofreu múltiplas fraturas em ambas as pernas, foi encontrado inconsciente no meio dos destroços da aeronave, ainda em seu assento. Ruben foi transportado da Líbia para a Holanda em um avião líbio com equipamentos médicos e acompanhado por dois médicos e por seus tios. O médico líbio Sadig Bendala afirmou que o menino está em recuperação, mas que está bem. "Foi um milagre", disse Bendala.

Ruben desembarcou no aeroporto militar de Eindhoven e foi transportado por uma ambulância com vidros escuros. À pedido da família, o acesso ao aeroporto foi restringido. O Ministério das Relações Exteriores da Holanda confirmou a chegada do menino, acrescentando que não comentaria sobre o assunto.

A rede de notícias regional Omroep Brabant informou que Ruben foi levado para o Hospital St. Elizabeth, em sua cidade natal de Tilburg, para prosseguir com os tratamentos. "Espero que aos poucos ele se recupere e retome sua vida, embora nunca mais ela será normal", disse o representante do governo holandês na Líbia, Ed Kronenburg. Ele disse que o retorno de Ruben à Holanda é um "momento fantástico". O menino havia ido à África do Sul para um safári com a família.

Ruben foi informado ontem da morte de seus familiares. "Toda a família vai assumir a responsabilidade pelo futuro de Ruben", disseram os tios em nota, pedindo à mídia que os deixem sozinhos em seu sofrimento.

A causa do acidente continua obscura. Os corpos das vítimas do acidente, a maior parte turistas holandeses, começaram a ser identificados hoje. O governo holandês requisitou testes de DNA e outras informações dos parentes das vítimas para ajudar na identificação.

Segundo o chefe da comissão de inquérito que investiga o acidente com o Airbus, Neji Dhaou, as duas caixas-pretas serão enviadas para a França, Reino Unido e para os Estados Unidos para análise, enquanto sua equipe dá início às consultas com testemunhas e espera informações do piloto da companhia aérea Alitália, que se preparava para decolar no momento do acidente.

A equipe que investiga o caso junto as testemunhas é composta por autoridades sul-africanas e da Líbia, assim como por dois peritos franceses, cinco peritos da fabricante de aeronaves Airbus e dois observadores da Holanda. Peritos norte-americanos, fabricantes dos motores do Airbus, também pertencem à comissão.

Fonte: AE-AP
Foto: G1