domingo, 16 de maio de 2010

Menino sobrevivente de acidente aéreo na Líbia chega à Holanda


Mais de 100 pessoas morreram no acidente

O menino holandês Ruben van Assouw, de nove anos, único sobrevivente do acidente aéreo ocorrido na Líbia na quarta-feira (12), chegou na Holanda neste sábado (15). Os pais do garoto e seu irmão mais velho estavam no Airbus A330 que saiu de Johanesburgo, África do Sul, e caiu pouco antes de aterrissar em Trípoli, Líbia. Mais de 100 pessoas morreram no acidente.

O menino, que sofreu múltiplas fraturas em ambas as pernas, foi encontrado inconsciente no meio dos destroços da aeronave, ainda em seu assento. Ruben foi transportado da Líbia para a Holanda em um avião líbio com equipamentos médicos e acompanhado por dois médicos e por seus tios. O médico líbio Sadig Bendala afirmou que o menino está em recuperação, mas que está bem. "Foi um milagre", disse Bendala.

Ruben desembarcou no aeroporto militar de Eindhoven e foi transportado por uma ambulância com vidros escuros. À pedido da família, o acesso ao aeroporto foi restringido. O Ministério das Relações Exteriores da Holanda confirmou a chegada do menino, acrescentando que não comentaria sobre o assunto.

A rede de notícias regional Omroep Brabant informou que Ruben foi levado para o Hospital St. Elizabeth, em sua cidade natal de Tilburg, para prosseguir com os tratamentos. "Espero que aos poucos ele se recupere e retome sua vida, embora nunca mais ela será normal", disse o representante do governo holandês na Líbia, Ed Kronenburg. Ele disse que o retorno de Ruben à Holanda é um "momento fantástico". O menino havia ido à África do Sul para um safári com a família.

Ruben foi informado ontem da morte de seus familiares. "Toda a família vai assumir a responsabilidade pelo futuro de Ruben", disseram os tios em nota, pedindo à mídia que os deixem sozinhos em seu sofrimento.

A causa do acidente continua obscura. Os corpos das vítimas do acidente, a maior parte turistas holandeses, começaram a ser identificados hoje. O governo holandês requisitou testes de DNA e outras informações dos parentes das vítimas para ajudar na identificação.

Segundo o chefe da comissão de inquérito que investiga o acidente com o Airbus, Neji Dhaou, as duas caixas-pretas serão enviadas para a França, Reino Unido e para os Estados Unidos para análise, enquanto sua equipe dá início às consultas com testemunhas e espera informações do piloto da companhia aérea Alitália, que se preparava para decolar no momento do acidente.

A equipe que investiga o caso junto as testemunhas é composta por autoridades sul-africanas e da Líbia, assim como por dois peritos franceses, cinco peritos da fabricante de aeronaves Airbus e dois observadores da Holanda. Peritos norte-americanos, fabricantes dos motores do Airbus, também pertencem à comissão.

Fonte: AE-AP
Foto: G1

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