sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cristãos têm suas propriedades atacadas no Iraque e na Nigéria


Um grupo de manifestantes ligados a ala extremista islâmica, composto principalmente de jovens, invadiram no fim de semana propriedade de cristãos como lojas, um hotel e um salão de beleza.
 A violência eclodiu na tarde de sábado na cidade de Zakho, cerca de 470 quilômetros de Bagdá, situado a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, e causou o ferimento de, pelo menos, 30 pessoas, incluindo 20 policiais.
 A ira foi desencadeada pelo sermão de um líder religioso em uma mesquita local, o que ocasionou a série de ataques contra os cristãos em toda cidade.
Um vídeo postado no YouTube mostra o ataque contra as lojas e propriedades dos cristãos. Fontes locais disseram que centenas de pessoas estavam envolvidas nos ataques, especialmente jovens. A polícia não fez nada para conter os ataques e existem suspeitas de que os ataques foram pré-planejados.
 Em Sumali, segundo fontes, existem pelo menos 200 famílias cristãs que estão aterrorizadas após os ataques. A violência continuou em uma aldeia cristã em Shiuz, onde 180 famílias vivem. A multidão gritava Jihad, que significa “guerra santa”, e outros gritos de ira contra os cristãos.
 Cristãos iraquianos confirmaram que o islamismo fundamentalista – que cresceu após as revoltas na chamada Primavera Árabe – tornou o Iraque um lugar muito mais perigoso e agressivo para aqueles que não são muçulmanos.
Extremistas muçulmanos destroem propriedades cristãs na Nigéria
O norte da Nigéria está se tornando cada vez mais perigoso. Extremistas muçulmanos  no estado de Yobe ajudaram os membros do grupo paramilitar islâmico Boko Haram a destruir cinco edifícios de igreja no sábado, dia 26 de novembro.
 No final de semana, os membros do Boko Haram organizaram ataques no estado de Yobe, destruindo empresas de propriedade de cristãos, e segundo moradores da área, os muçulmanos da região indicavam os locais a serem atacados.
 Quando o Compass visitou a cidade na terça-feira (29 de novembro) apenas dois dos oito pastores, que pastoreavam na cidade permaneceu na região após os ataques. Os outros seis pastores e suas famílias fugiram, com medo de serem os próximos alvos.
 O reverendo Amos Ajeje, 48 anos, disse ao Compass que os muçulmanos locais auxiliaram os membros do Boko Haram na realização dos ataques contra os cristãos. Ele disse que o ataque é porque o grupo islâmico deseja impor uma versão mais rigorosa da Sharia (lei islâmica) sobre o norte do país e depois expanda-la para todo o país.
“Não há mais cristãos na cidade”, disse Ajeje. “Todas as lojas pertencentes a cristãos foram saqueadas e depois destruídas pelos extremistas. Muitos desses cristãos se esconderam durante o ataque e nunca mais voltaram para cidade.”
O reverendo Bitrus Mshelbara, pastor da Igreja de Cristo na Nigéria (COCIN) confirmou que os muçulmanos locais levaram os membros do Boko Haram para os edifícios da igreja e para as propriedades dos cristãos.
“Os muçulmanos da cidade saíram pelas ruas da cidade apontando os prédios de igrejas e lojas que pertenciam aos cristãos para que os membros do Boko Haram pudessem saber e assim bombardear as igrejas apontadas”, disse ele.
 Por causa dos ataques, as outras três igrejas da cidades foram incapazes de realizar seus cultos, com medo de que fossem alvos de ataques futuros.
 Fonte: Portas Abertas

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